Mulher Maravilha

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Beijinhos

Criar um mundo pararelo é um sinal de que a tristeza já faz parte de um quadro de alteração emocional


Pedro (Selton Mello) acreditava que vivia o casamento perfeito, mas vê sua vida desmoronar quando é abandonado pela mulher Marina (Maria Luisa Mendonça). O rapaz se isola em seu apartamento, evita os amigos, larga o emprego e, no auge de sua crise emocional, se apaixona e se envolve por sua vizinha Amanda (Luana Piovani), que carrega todos os predicados de uma mulher perfeita. Tudo corre que é uma maravilha até o dia em que Pedro descobre que a bela e dedicada Amanda é fruto de sua imaginação. Esse é o mote principal do filme “A Mulher Invisível”, do diretor Carlos Torres, em cartaz nos cinemas brasileiros.

Mas, e na vida real? Será que as consequencias de uma decepção podem chegar a tal ponto? Afora os exageros ficcionais da forma como Amanda é materializada no longa, longe da telona, desilusões, sejam de ordem amorosa, familiar ou profissional, são capazes de desestruturar a vida de alguém e ter efeito semelhante ao que ocorreu com Pedro. “É possível que o indivíduo crie um mundo paralelo e uma percepção imaginária dos acontecimentos“, explica o psicoterapeuta Chris Allmeida, de Campinas (SP). “Mas isso denota a dificuldade da pessoa em encarar os fatos da decepção que sofreu.”

Grandes expectativas, grandes solavancos

Quer dizer que não estamos preparados para viver frustrações? Que sofrer demais não é normal? E onde começa essa dor que parece não ter fim? Dá para dizer que a grande vilã do processo é a expectativa, e , quanto maior ela for, é fato, maior será o tombo. Mas não tem como fugir dessa preparação para algo que ainda está por vir. Desde a infância, vivemos uma formação de expectativas. Começar na escola, passar no vestibular, se formar, arrumar um emprego…”, explica Allmeida. “O erro é tentar reproduzir esse comportamento nas relações humanas – esperar algo ou prever o comportamento do outro“, diz. E, não tem jeito, em muitas ocasiões é inevitável gerar expectativas. Mas se a amizade de infância ruiu ou não saiu aquela promoção tão sonhada no trabalho, paciência, o melhor remédio é sacudir a poeira e seguir em frente. Parte desse exercício de sanidade mental é entender que as decepções, maiores ou menores, são um efeito colateral da vida, mas também passa por ter uma visão menos egocêntrica e mais humilde da própria existência a de que mundo não gira só ao nosso redor.

Como avaliar se sofremos com discernimento?

De acordo com o psicoterapeuta Chris Allmeida, o normal é que o sofrimento provocado por uma desilusão tenha um pico nas primeiras 24 horas e nos dias seguintes comece a decair. “Ficar triste não é uma doença, mas a manutenção da tristeza e de abandono merece ser estudado”, avalia. “É a lamúria e a lamentação que alimentam a decepção“, diz o especialista. Assim como o personagem Pedro, de “A Mulher Invísivel”, que só pensava em dormir, deixou de pagar as contas da casa, parou de cuidar da higiene pessoal e do corpo, os indivíduos que estão passando por esse tipo de alteração emocional apresentam sinais que fazem parecer que a vida estivesse acabado após sofrer a mágoa. São os chamados sintomas de definhamento, quando a pessoa entra em um processo externo de autodestruição: fica isolada socialmente; come exageradamente ou não se alimenta; fica depressiva e relaxada com a sua própria higiene.

Dá para sair dessa Para virar o jogo e sair do fundo do poço, é importante contar com uma mão amiga. “Os amigos e parentes são importantes para abrir os olhos desse indivíduo, fazer ele perceber e encarar a realidade”, diz Chris Allmeida. Mas não basta só isso. “É preciso haver esforço próprio ou pelo menos predisposição para viver novas experiências”, acrescenta.

Fonte: Minha Vida


Perfil

Mônica Mourão - Jornalista por vocação. Acredito nos sonhos e nas pessoas. Amo animais, sobretudo os gatos. Tenho uma tatuagem e um piercing. Adoro lojas de produtos naturais. Trabalho com números, mas amo as letras. Ana Cláudia Sivieri - Escritora, fotógrafa e terapeuta. Ama viagens e filosofia pois elas representam a expansão da nossa própria alma. Acredita na transformação das pessoas e da vida, em seu constante movimento, daí vem sua curiosidade nata sobre as almas humanas.

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